ORIGEM DA EXPRESSÃO "JESUS FREAKS"
São Francisco, Califórnia, naquela época era o epicentro da revolução cultural, o que hoje chamamos de "Movimento Hippie". De repente, em 1967, havia mais de 100 mil jovens nesta pequena vizinhança, o bairro de Haight-Ashbury, que tornou-se o marco zero.
Era o Verão do Amor, o início de tudo. O Movimento Hippie tinha o intuito de ser um lindo ajuntamento de pessoas que estavam em busca de vida simples, de paz e amor consigo mesmas, com outras pessoas e com o planeta em geral. Contudo o Movimento Hippie, sem uma sólida base filosófica e espiritual, acabou se tornando um lugar onde as drogas e excessos tomaram conta.
Foi nesse cenário que apareceu um jovem chamado Kent Philpott, que se sentiu chamado por Deus para pregar o evangelho de Jesus Cristo nessa cidade. Em abril de 1967, ele encontrou outro jovem, David Hoyt, um devoto do "Movimento Hare Krishna".
Após um diálogo aberto e sem preconceitos de ambas as partes, David foi convencido por Kent a partir com ele para ajudá-lo a pregar. Pouco depois, Kent e David criaram o primeiro trabalho missionário no distrito de Haight–Ashbury e, assim, alcançaram centenas de jovens que todos os dias iam ali procurando por respostas. Desse trabalho evangelístico surgiu o avivamento hippie que ficou conhecido como "Movimento para Jesus" (Jesus Movement / Jesus People / Jesus Revolution).
Juntamente com alguns outros, David Hoyt e Kent Philpott foram os primeiros revolucionários da fé a serem chamados de "Jesus Freaks". Essa expressão foi primeiramente dita como uma referência a esses hippies que se convertiam a Cristo.
Começando ali mesmo na Califórnia e estendendo-se a vários outros pontos dos Estados Unidos e até do exterior, milhares de jovens abandonaram as drogas e excessos e decidiram seguir a Jesus.
A grande característica desse avivamento foi o modo como essas pessoas decidiram viver para Cristo – um cristianismo radical como poucas vezes visto na história. Isso porque os mesmos jovens que haviam se entregado por completo a toda forma de rebeldia agora viviam o cristianismo sem reservas. As pessoas passaram, então, a chamar esses cristãos radicais de "Jesus Freaks", um termo pejorativo.
Portanto, "Jesus Freak" foi o "palavrão" criado para insultar todo ardente seguidor de Jesus e significa "doidos de Jesus" ou "loucos por Jesus".
No início, esses cristãos se ressentiam de serem chamados de "Jesus Freaks". Entretanto, com o passar dos anos, principalmente desde 1970, a Igreja deixou de se importar com isso e adotou com alegria esse "xingamento", pois, na verdade, ele expressa a verdade daquilo que somos: loucos de amor por Jesus. Desde então, Jesus Freak tornou-se sinônimo de alguém extremamente fiel a Jesus e que lhe obedece custe o que custar, ainda que o preço seja a própria vida.
Para entender o segredo desses Jesus Freaks, é preciso dar-se conta de que suas histórias são muito mais do que um relato de tormento e sofrimento de um grupo de pessoas dignas de piedade, tampouco são "supercristãos". Eles são como você e eu, e, apesar de terem vivido situações extraordinárias, sempre tomaram a decisão certa: nunca negaram Jesus. Agostinho disse certa vez: "A causa, e não o sofrimento, é que faz um verdadeiro mártir".
O pastor E.V. Hill contou certa vez a história de uma mulher que o procurou e disse: "Pastor Hill, ore por mim. O diabo tem me perseguido furiosamente". Ele respondeu: "Não! O diabo não a tem perseguido. Você ainda não fez o suficiente para que ele se importe em persegui-la".
Portanto, o objetivo de cada cristão desta Terra deve ser o de viver uma vida digna do reino de Cristo a ponto de chamar a atenção do céu, pois, assim, despertará não só a atenção, mas também a perseguição do inferno.
PS: “Jesus Freaks” é uma expressão em inglês, que significa “Doidões por Jesus”. Os Jesus Freaks, nos anos 60 e 70, eram cristãos fervorosos que adotaram um modo de vida simples e comunitário, em contraste com as austeridades do cristianismo tradicional. Tinham estilo mais informal e descontraído, tanto na aparência como na forma de cultuar.
O que aconteceu com o "The Jesus People Movement (Jesus Revolution / Jesus Freaks)"? Acabou?
O Jesus People Movement foi um movimento cristão de contracultura que surgiu nos Estados Unidos no final da década de 1960 e início da década de 1970. Ele foi amplamente associado ao movimento hippie, mas com um foco em valores cristãos e na busca espiritual centrada em Jesus Cristo.
Origens e Desenvolvimento
O movimento emergiu em meio a um período de grande agitação social e cultural nos EUA, marcado por protestos contra a guerra do Vietnã, a luta pelos direitos civis e a ascensão da contracultura hippie. Jovens desencantados com o materialismo e o vazio espiritual da sociedade tradicional começaram a buscar um sentido mais profundo, e muitos encontraram no cristianismo uma resposta.
Os Jesus People adotavam um estilo de vida simples, enfatizando o amor a Deus, a comunidade e a prática dos ensinamentos de Jesus. Eles eram facilmente reconhecíveis por seu visual inspirado nos hippies (roupas informais, cabelos longos) e sua abordagem informal e entusiástica ao cristianismo.
Principais Características
-Enfâse na experiência pessoal com Jesus.
-Uso de música contemporânea, incluindo rock cristão, para atrair os jovens.
-Evangelismo de rua, incluindo a distribuição de panfletos e a pregação em espaços públicos.
-Reuniões em casas e comunas, muitas vezes informais, como alternativa às igrejas tradicionais.
O que aconteceu com o movimento?
O Jesus People Movement, como movimento organizado, começou a se dispersar na segunda metade da década de 1970. Algumas razões para isso incluem:
1. Fragmentação e institucionalização: Muitos grupos Jesus People passaram a se integrar em igrejas evangélicas tradicionais, perdendo parte de sua identidade contracultural.
2 Mudanças culturais: O movimento hippie perdeu força, e a sociedade americana começou a mudar em direção a valores mais conservadores nos anos 1980.
3. Crises internas: Alguns grupos enfrentaram dificuldades financeiras ou disputas internas, o que levou ao seu enfraquecimento.
Legado
Embora o movimento em si tenha desaparecido como força unificada, ele deixou um impacto duradouro:
-A música cristã contemporânea, incluindo o rock cristão, se desenvolveu diretamente a partir do movimento.
-O formato de culto informal, com ênfase em música e pregação acessível, tornou-se comum em muitas igrejas evangélicas.
-Algumas igrejas e organizações cristãs atuais traçam suas origens diretamente ao Jesus People Movement.
O movimento pode ter acabado em termos formais, mas sua influência ainda é sentida no cristianismo moderno, especialmente entre evangélicos e grupos que priorizam evangelismo jovem e cultos alternativos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário