(Capa da revista Muito - 18/9/2011)
Neste último final de semana, a Revista Muito, veiculada aos Domingos junto com o Jornal A Tarde, Jornal de maior circulação no Norte-Nordeste, traz na capa uma foto de uma devota no Templo Hare Krishna de Salvador, Bahia, na comemoração do Radhastami. E mais: uma chamada na primeira página do Jornal com Bhaktin Madalena.
A imagem justifica a reportagem de Cássia Candra, de sete páginas, sobre a cozinha dos Deuses. A matéria fala dos alimentos utilizados nos Templos Hare Krishna, terreiros de umbanda e candomblé, judeus, árabes e Brahma Kumaris. A reportagem é um verdadeiro estudo antropológico e mostra como comida e religião andam juntas. Segundo Jeferson Bacelar, pesquisador do Centro de Estudos Afro-Orientais da Universidade Federal da Bahia e um dos entrevistados na reportagem, todas as religiões estabelecem o que é ou não comestível para os deuses e daí estipulam gradações do que pode ou não ser sacralizado. Na verdade, alguns deuses são grandes gourmets, diz Jeferson Bacelar.
Sobre Krishna, Cássia Candra escreve em sua reportagem na revista Muito: “De fato, a lista de pratos que agradam a Krishna(principal nome de Deus) inclui as samosas( snacks dos mais populares da Ásia) e um delicado Dhal(sopa de ervilha e batatas que mais freqüenta a mesa indiana). À Krishna e seus devotos, reunidos pela Sociedade Internacional para a Consciência de Krishna(ISKCON), fundada nos anos 60 pelo pensador indiano Srila Prabhupada, nunca são oferecidos carnes de qualquer tipo e ovos, porque integram o grupo de alimentos que geram violência.”
Ainda sobre os Hare Krishna a matéria aborda o não uso de cebola e alho pelos devotos: “Apesar das restrições, que abrangem ainda alho e cebola, porque deixam a mente agitada(um entrave ao objetivo da meditação, base da yoga devocional praticada pelos seguidores de Krishna), as cozinhas dos Templos Hare Krishna têm na diversidade uma marca inconfundível. Em Festivais como o do último dia 4, no Templo Hare Krishna de Brotas, para celebrar o aniversário de Radharani(aspecto feminino de Deus), além da Prasada, o alimento servido habitualmente nas reuniões dominicais, devotos e convidados se refestelam com bolo(sem ovos, claro) e uma incrível variedade de sandesh, um doce feito com leite em pó, que é a cara do Movimento Hare Krishna.”
A reportagem torna a falar sobre o Movimento Hare Krishna no seguinte trecho: “O bancário José Alberto Guanaes, 39, iniciado há 20 anos com o nome de Anirudha Dasa, diz que oferecer boa comida a Krishna é agradecer o que ele nos dá. A Prasada é um momento marcante nos Templos Hare Krishna. Comemos juntos o alimento tocado por Deus. Por isso dizem que o Movimento pega muitos devotos pela boca.”
Em outro trecho, mais informações: “Kripa Sindhu Dasa, 36, que o diga. A música, a alegria e muitas Prasadas transformaram o jovem rebelde em um dos poucos pujaris nordestinos. O cargo conquistado com muito suor faz do estudante baiano o responsável pelas deidades do Templo. É ele quem dá o alimento a Krishna. Acorda às três da madrugada para meditar e preparar a primeira refeição oferecida a Deus: um leite grosso feito com leite em pó e açúcar; água e sandesh. Kripa é um dos poucos a manipular o fogo. Na cozinha, o espaço mais sagrado do Templo, os devotos conversam com Deus.”
Além de dar um bom espaço para falar sobre a cozinha de Krishna, das 10 fotos publicadas na reportagem, cinco são referentes ao Movimento Hare Krishna – iguarias e uma do Radhastami.
Fontes: ISKCON Bahia
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